Sevilha veio para ver jogar

Que categoria!

Uma vez mais, Luís Castro comandou a equipa a uma excelente exibição e, à semelhança do encontro com o rival de Lisboa para a Taça de Portugal, só não entraram mais porque a sorte não esteve propriamente do nosso lado.

"Que exagero", poderiam eventualmente dizer uns, mas não. Para meu espanto, até a Entourage da SIC teceu largos elogios ao Futebol Clube do Porto durante todos os (incompreensíveis) 94' minutos de jogo. Não falo apenas dos excelentes remates de Defour e Quaresma ao poste ao do bonito cabeceamento de Mangala. Não. Falo de todo o encontro, de todo o domínio com que percorremos o campo de uma ponta à outra sem grandes pausas.

A verdade é que o Sevilha veio ao Dragão para ver jogar e no final acabou por sair com um resultado bastante simpático dadas as circunstâncias. Engane-se no entanto quem pense que tudo está resolvido e que temos os dois pés nas tão aguardadas meias-finais pois, para nosso azar, Jackson e Fernando falham o jogo da segunda mão. Se é correcto afirmar que a expulsão de Fernando foi bem ajuizada, sendo igualmente correcto reconhecer a sua atitude lastimável num jogo europeu de tamanha importância quanto este (mas enfim, erros até os melhores os cometem), ainda hoje estou para perceber o amarelo dado ao avançado colombiano. 

E aqui chegamos a um ponto muito importante nesta fase FC Porto versão Luís Castro: não há Jackson, há Ghilas, grande responsável pela permanência da equipa na Europa ao marcar golos decisivos nas duas últimas eliminatórias. Posto isto, o problema será 'apenas' resolver da melhor forma a lacuna deixada no meio-campo, sendo importante relembrar que mais uma vez partimos para o estrangeiro com uma vantagem muito, muito importante.

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